sábado, 21 de maio de 2011
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TRÁFICO: UM CICLO FATAL

07:37
    Sempre que acontece um fato como esse ocorrido em Rio Paranaíba sobre a apreensão de traficantes me vem uma série de questionamentos sobre a segurança pública e iniciativa contra a marginalização. Bem, iremos ser realistas e vamos concordar que acabar com o tráfico de uma vez nós não iremos, de certo, encheríamos as cadeias de traficantes mas o problema das drogas continuariam.
    Nós sabemos que quando um traficante é preso, há outro que toma seu lugar, há casos conhecidos de "Damas do tráfico" que são as mulheres dos traficantes que na apreensão do marido elas tomam o poder e "zelam" pelos negócios da família.
    Já postei aqui sobre os problemas causados pela escravidão, um deles é o total descaso com negros e brancos pobres que levaram a alta taxa de marginalização, pois na falta de um emprego o qual não era dado a eles pelo próprio preconceito com os "favelados" eram estes então levados a procurar de ilegalidade para buscar o pão de cada dia. Não é que queira taxa-los de bonzinhos, longe disso, o que quero dizer é que marginalização, tráfico de drogas e outras atividades são de causas históricas. Bem notamos que nem todos estes "favelados" são traficantes ou marginalizados, muitos deles vencendo o preconceito e os tabus da sociedade saíram de suas casa para trabalhar nos grandes centros e estudar. Mas o sol não brilha pra todos, isso é fato.
    Mas o que me motivou a escrever esta postagem é a seguinte pergunta: Prender traficantes é a solução para a banalização do consumo de drogas? A resposta é NÃO. Sei que é necessário a apreensão destes bandidos, mas o fato é que, se prendemos um traficante o outro vai tomar seu lugar, até que lotemos as cadeias e o tráfico continuará. Analisemos que desde muito tempo venho neste blog tratando de bases e sempre digo que a base de tudo é a EDUCAÇÃO, bem, a educação brasileira precisa de uma revigorada e ensinar as crianças mais do que somar e escrever, mas também o que é certo e o que é errado, com exemplos amplos para maior compreensão. Ensinar-lhes a ética, cidadania e respeito com o próximo, assim, poderíamos evitar que grande parte das nossas crianças se tornem marginais, traficantes, ladrões ou políticos corruptos que pra mim são ladrões mas eu prefiro tratá-los de modo enfatizado assim nunca ninguém os esqueça.
    Nós temos o PROERD que já é um grande passo e já nesta brecha queria parabenizar os coordenadores do projeto. Mas concordemos que seria bem melhor que aulas fossem integrais com adição de disciplinas voltadas para a formação do caráter das crianças, assim seria mais firmado a aprendizagem e consequência dessas disciplinas.
    Outra questão levantada: O que fazer com os dependentes químicos? Prisão ou tratamento? Sem traficantes, sem dependentes; sem dependentes, sem traficantes; concordam? Pois então, o que fazer com os dependentes enquanto a policia prende os traficantes? Educação do modo que abordei sendo voltada para o caráter já influenciaria as crianças a banalizarem o uso de drogas, mas como nós também necessitamos de medidas rápidas, seria de grande interesse juntar tanto a educação tanto outras medidas para o fim desta praga que assola o Brasil e o mundo. O usuário de droga de fato não está praticando nenhum ato infracionário, o problema está nas conseqüências do uso de drogas que são violência doméstica, roubos entre outras infrações, estes sim são penalizados com detenção. Outro modo seria o tratamento destes dependentes, mas o que vemos de fato não nos alegra, observamos a falta dessas instituição e a grande lotação destas, e além disso, o modo de "tratamento" que eu não chamaria de tratamento. Muitas clínicas de reabilitação usam de métodos abusivos para a detenção destes viciados, usam da violência e do abuso de poder a eles dado para machucá-los. Mas como podem ver lógica neste tipo de tratamento? As famílias levam seus familiares drogados para estas clínicas afim de que não se repitam as cenas de violência dentro de suas casas, para que possam se verem livres dessa praga e logo encontram a própria violência como método de tratamento? Não, isso é inadmissível!
Então o que fazer?
    O combate ao tráfico e ao consumo de drogas deve ser uma ação conjunta de vários setores da segurança e saúde pública, o que deve ser levado a sério sem esse descaso com a população que acaba acontecendo muito nas grandes metrópoles e até mesmo em pequenas cidades como a nossa Rio Paranaíba.


Paloma F. Silva, cidadã de Rio Paranaíba

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