sexta-feira, 27 de maio de 2011
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Poder aquisitivo e classe trabalhadora

03:57
Em 10/03 na escola fomos convidados a participar de uma palestra destinada aos estudantes do curso de Nutrição da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba, palestra a qual superou minhas expectativas quanto ao curso mesmo que tenhamos participado muito pouco dela. Apesar da visão que temos de que a Nutrição é um curso voltado apenas para dietas de emagrecimento, me surpreendi bastante ao me deparar com o conteúdo da palestra que abrangia a alimentação da população comparando-a com aspectos sociais, geográficos e históricos. Com dados de ótima procedência, o autor da palestra - o qual não me recordo o nome, mas afirmo em dizer que se trata de um um homem de grande sabedoria sobre o assunto - enfatizou um paradoxo o qual não pude deixar de questionar.


Coloquemos algumas cartas na mesa que foram levantadas na palestra e que eu queria até acrescentar mais fatos para melhor entendimento:
  • Aumento da taxa de longevidade
  • Diminuição da taxa de mortalidade infantil
  • Diminuição na quantidade de filhos por casal
  • Aumento do poder aquisitivo da população
  • Diminuição na quantidade de pessoas economicamente ativas em pequenos municípios


Diante disso, analisemos que o dinheiro arrecadado para a previdência afim de custear aposentadorias, pensões, afastamentos, entre outros vem da massa trabalhadora, esta que esta em diminuição... E você me pergunta:  Mas porque diminui Paloma? Te respondo agora meu caro leitor. Antigamente víamos que a família tinha em média cinco, seis filhos, os quais hoje estão hoje na faixa de 40 a 60 anos, ou seja, em fase de "pré-aposentadoria". Hoje, a média é de 2 filhos ou talvez menos, o que diminui muito na quantidade de membros da classe trabalhadora daqui alguns anos, assim, esta massa que com seus impostos custeiam a previdência não terão forças para carregar tal peso nas costas, quando na verdade os idosos se tornaram em maior número por vir de uma geração de "quantidade" e não "qualidade". 
Então, meu caro o leitor o fato é esse: 
Os idosos estão em maior número, a classe trabalhadora em menor, e assim nós temos um problema eminente. A proposta trabalhada na palestra foi interessantíssima, o autor destaca a importância da boa alimentação para melhoria da economia e do social brasileiro... quer saber como? Diante uma boa alimentação durante a vida, na velhice o idoso desfrutaria de uma ótima saúde podendo deixar o sedentarismo e fazer parte também da classe trabalhadora de um modo mais brando, talvez como voluntários em creches, orfanatos, escolas para que eles possam fazer algo que eles sabem muito bem que é distribuir amor e carinho a quem precisa, e quem é mais necessitado que crianças as quais não tem tanto tempo para estar com os próprios pais?
Agora, o paradoxo que quero levantar é o mesmo do titulo do texto: poder aquisitivo e classe trabalhadora. De fato, o poder aquisitivo do brasileiro vem melhorando o que acaba levando-o a repensar na educação de seus filhos que antigamente, na época de nossos avós era privilégio de poucos. Buscando a qualidade, os pais acabam optando por ter poucos filhos o que gera uma diminuição maior ainda na taxa de PEA, assim, vemos que há males que vem pra bem, mas há bem que vem pra males também.
Bom, eu acredito em planejamento familiar voltado para a economia por meio da intervenção governamental. Se o governo dá condições para que o casal tenha uma vida melhor, provavelmente eles terão condições de tratar com qualidade maior quantidade de filhos e assim aumentemos nossa taxa de PEA. Já os filhos desses pais com uma educação de qualidade fornecida pelo governo, terão o hábito alimentar saudável, o que garante uma taxa de longevidade alta, de saúde melhorada e possivelmente de idosos mais ativos em programas sociais, o que geraria um efeito dominó no bem-estar social. E assim eu encerro este assunto e parabenizo a UFV-CRP pela proveitosa palestra!


Só publiquei esta postagem agora porque havia esquecido dela. rsrsrs

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